Friday, September 2, 2011




A torneira se abriu
Numa enxurrada de palavras e idéias
Inundou a alma
Que rangia enferrujada num vazio de inspiração.
Difícil controlar o fluxo
A corrente tem vontade própria
Vai solta, sem precaução – 
É melhor seguir o natural.
Os respingos refrescam
Mas o arranhar das pedras 
Ferem meu chão
A queda é conseqüência – 
O clímax da minha navegação
Sem controle – sem bússola ou leme
Sigo à deriva dessa torrente
Hei de alcançar o vale
Que expande-se em minha mente.

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