Saturday, July 2, 2011

Poeminha de Hoje

O poema moderno
Não é mais poema
É mais uma crônica
Uma breve história de um momento
Flagrado por alguém que teve tempo
De observar
No meio da correria
Que a vida impõe ao tempo (que a tecnologia veio roubar)
O poeta observa
E anota
Registra e embeleza o corriqueiro
Sentado no trem
Vê o homem desdentado
Consumido pelo espaço em sua boca
O esforço de um sorriso escuro
A boca em arco convexo
E o poeta olha
Registra o acontecimento
Num lapso do tempo
Que, suspenso, ainda segue no trem